O conceito traz os direitos humanos para o centro do debate e evidencia como a crise climática interfere de forma desigual na vida das pessoas. Ainda que sejam uma realidade global, os impactos das mudanças no clima são maiores entre populações mais vulneráveis, estejam elas nos grandes centros urbanos ou no coração da floresta.

 

A abordagem lança luz sobre as desigualdades históricas e a quem deve ser atribuída maior responsabilidade em mitigar impactos. Empresas e governos que enriqueceram às custas de mais emissões ou de desmatamento, por exemplo, devem reparar tais impactos sobretudo nas comunidades e grupos mais vulneráveis, que pouco ou em nada contribuíram para a crise. O conceito também discute o que as gerações atuais podem fazer pelas mais jovens — as mais afetadas, mas que em nada contribuíram para a crise.

 

A Justiça Climática analisa e discute as mudanças climáticas a partir de uma perspectiva ética e política em vez de puramente ambiental. Ela parte do pressuposto da equidade e do princípio de que as pessoas têm os mesmos direitos, independentemente de raça, gênero, condição socioeconômica ou origem. Nesse sentido, enfrentar a crise climática supõe a representatividade de todos os atores nas tomadas de decisões e a transição para uma economia mais sustentável e com menos impactos ambientais.

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