Dados do Deter do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostra que desmatamento da Amazônia caiu 41,7% no primeiro trimestre, com perda de 491,8 km² de vegetação nativa, em relação ao mesmo período de 2023, quando o desmatamento atingiu 844,6 km².
Por outro lado, no Cerrado o índice cresceu 2% e chegou ao patamar mais alto da série histórica (iniciada em 2019) para o primeiro trimestre: 1.445,6 km² de área desmatada, o equivalente a toda cidade de São Paulo (1.521 km²). O Deter mapeia e emite alertas para orientar ações do Ibama e de outros órgãos de fiscalização.
Uma explicação está no modo como a legislação brasileira trata os dois biomas. Enquanto na Amazônia, 54,3% das áreas correspondentes à floresta estão protegidas por unidades de conservação e terras indígenas, no Cerrado, somente 12% encontram-se protegidas.
Nas áreas particulares a legislação também estabelece regras diferentes: de acordo com o Código Florestal, na Floresta Amazônica é possível desmatar até 20% do terreno, enquanto no Cerrado esse índice sobe para até 80% (ou até 65% em locais de transição para Floresta Amazônica.