A polêmica sobre seu uso persiste. A viabilidade de novas usinas nucleares esbarra nos desastres de Chernobyl (1986) e de Fukushima (2011) como fortes argumentos contrários, além do próprio gerenciamento dos resíduos radioativos e do altíssimo investimento para sua implementação.
E embora as usinas nucleares não emitam dióxido de carbono (CO2) na produção de energia, as emissões associadas à mineração, ao transporte e à construção dessas instalações podem contribuir para as emissões totais. A própria extração de urânio para uso nos reatores gera impactos ambientais significativos, que incluem a degradação do solo e a contaminação da água.
Mas anúncios de novos investimentos em energia nuclear em pelo menos 20 países reacendem o debate hoje. A possibilidade de reduzir rapidamente as emissões de gases do efeito estufa com a energia nuclear é um dos argumentos a favor. A guerra na Ucrânia também impulsiona a busca por alternativas ao petróleo e ao gás produzido na Rússia e atenta para a necessidade de não dependência dos combustíveis fornecidos pelo país de Vladimir Putin.
Para saber mais: Folha